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Paródias


Para odes sérias, busco o burlesco. Soar o zoar. Não abdicado o predicado delicado.


Algumas se perderam. Como aquela que cantava o relato de alguém sobre um submarino alemão que, no tempo da segunda guerra, surgira nos mares do Brasil, mais precisamente nas costas de Goiás. E o Submarino Amarelo (Yellow Submarine) dos Beatles virou o Submarino Alemão, do qual a memória guardou o refrão:


E ele viu um submarino alemão,

Submarino alemão,

Submarino alemão.


Mas, no geral, apesar de manter a zoeira como motor da criação, as paródias aqui sempre estão imbuídas ora de respeito, delicadeza, e às vezes até lirismo.


AMO SANTOS Diante de inúmeros cantos e hinos de louvor ao bairrismo santista, quase sempre eivados de excessivo mau gosto, disfarçado em lemas e emblemas, o decalque parisiense da cidade, como pano de fundo de peculiares ícones da localidade (com a sentida ausência de um sugestivo Macuco Belo), não parece despropositado.


CANÇÃO DE OLÍVIA é sobre o comportamento e o miar muito peculiares de uma já idosa gata parente, uma "neta adotiva" de avançada idade.


CULPA DA MAMÃE é uma variação temática sobre comportamento social. Mantém o gênero de uma personagem-alvo de culpabilidade por tudo que acontece (a sedutora Mame, no original, e a inominada genitora, Mamãe), enquanto deixa subentendido um tratamento vocabular sugestivo de baixo calão


DAS RODAS é uma espécie de votos de boa viagem a um amigo, com recomendações para não reeditar um curioso percalço de antiga aventura vivida no lugar que voltava a visitar.


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