Dois temas melódicos emblemáticos da representação fluvial em música (das canções Old Man River, de Jerome Kern e Oscar Hammerstein II, e Moon River, de Henry Mancini e Johnny Mercer) confluem para um terceiro motivo icônico de rio (No Belo Danúbio Azul, de Johann Strauss Jr.).
A canção resultante (Old Moon Riverrun), uma curta articulação dos três temas, simples e concisa, busca evocar as figurações do riverrun de James Joyce (Finnegans Wake) e da terceira margem do rio de João Guimarães Rosa (Primeiras Estórias), em três estrofes que deslizam, qual fluxo das águas, na correnteza circular do tempo, da linguagem e do mundo, cujos começo, fim e recomeço tem seu ponto de inflexão na mesma nota musical.
OLD MOON RIVERRUN
(Gil Nuno Vaz)
Old moon river
Older than a lifetime
Old moon river
Olden since the first rhyme
Was born
A song unfold
A tale was told
The word was said
Long run river
Longer than the meantime
Long run river
Longing for the last rhyme
To mourn
A love once bold
A moon so cold
The word now dead
Old moon river
Once upon the prime time
Long run river
Since the very prime rhyme
Was torn
No life to load
No love to hold
The world how sad.
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