Em 1985, a comissão artística do Madrigal Ars Viva decidiu montar um programa eclético, mantendo o conceito de repertório usual do coro, ou seja, a convivência do antigo e do novo, mas ampliando a mistura de tradição e ruptura, erudito e popular, som e cena, estética e política, e outras dicotomias.
Uma das peças foi Grafito, que resultou de uma conversa informal entre Gil Nuno Vaz, Gilberto Mendes e Roberto Martins. Gil, que assim como Gilberto gostava muito dos poemas de José Paulo Paes, apresentou a proposta de se fazer uma peça conjugando poesia falada, ruído musical e cena.
Ao final de algumas ideias e sugestões, a peça ganhou uma solução de consenso, e coube a Gil escrever a partitura-roteiro.
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