Artigo publicado no jornal A Tribuna, de Santos, e, 01/08/1990.
Decorrido pouco mais de um semestre do atabalhoado governo de Fernando Collor, que fortaleceu a adesão brasileira ao modelo neoliberal encabeçado mundialmente pelos Estados Unidos (sob Ronald Reagan) e pela Inglaterra (sob Margaret Thatcher), um tema de grande expectativa no meio cultural era a visão governamental para o apoio às artes.
A Lei Sarney, promulgada em 1986, vinha já há tempos sofrendo duras críticas, por falta de critérios mais rigorosos na atribuição e distribuição de suporte financeiro a projetos culturais. Problema que era agravado pela inflação, que recrudescia a cada tentativa de contenção (os vários planos do governo Sarney), culminando com o confisco de contas bancárias e poupança em março, no dia seguinte à posse de Collor.
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