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Peça para octeto vocal misto a cappella, escrita em 1974.

Uma linha melódica composta de quatro seções, em que cada qual, a cargo de um solista (primeiro quarteto: soprano, tenor, contralto e baixo) expõe uma série dodecafônica e um verso da primeira estrofe do poema.


No vestido, o nu e cru: sombrio caos.

Véu, silêncio. Vão, sonido dentro do véu.

Rede mental de som surge do mundo vão

Como fusão de sonho e sono no vau.


As quatro séries são reexpostas de modo intercalado, pelo segundo quarteto, mantendo-se o mesmo texto que, no cruzamento das sílabas e palavras, resulta numa segunda estrofe.


No véu revestido de silêncio oco,

Vão monumental de efusão de som cru

Surge: sosso ninho do sombrio e den-

so caos, no trono do vau do mundo. véu vão.


Ao final, os dois quartetos cantam juntos, ocorrendo então uma sobreposição dos textos e respectivas séries, com deslocamentos de sincronia entre ambos.


A peça foi estreada no XXIII Festival Música Nova, em 27 de agosto de 1987, no Teatro Municipal Braz Cubas, em Santos, pelo coral Som a Pino, sob regência de Mara Campos.





















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