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CANTOS CORRENTES


Esta postagem é capa permanente das publicações de CANTOS CORRENTES. É uma introdução à trama ficcional que enreda numa única obra o conjunto de obras do seu autor.


A introdução passa pela apresentação de alguns conceitos e elementos que fundamentam e integram CANTOS CORRENTES, abordados nos tópicos indicados a seguir:


CONTAS CORRENTES: Sobre a Trama.


CONTAS CORRENTES: Sobre a Obra.








OBS. Os conceitos e elementos que fundamentam e integram a trama de CANTOS CORRENTES estão expostos em Glosas Correntes, glossário de termos que ainda traz acessos a conteúdos mais detalhados de cada verbete. As palavras assinaladas pela cor amarela são vínculos (links) de acesso a páginas que as caracterizam com maior especificidade.


 

CONTAS CORRENTES: Sobre a Trama.


SINOPSE


Nos empoeirados livros contábeis de uma antiga alfaiataria, auditores encontram registros de estranhas transações que, por debaixo dos panos, transferem haveres de vultos entre os incontáveis canais de Cantos Correntes.


ARGUMENTO


Protonautas espectrais navegam pelas desconhecidas ondas do mar de vagas sensoriais: as diferentes realidades perceptuais do universo. As rotas são traçadas e monitoradas por uma comunidade de confeccionistas arquitexturais, em duas plataformas clandestinas de operação. Uma dissimulada em alfaiataria, outra em cinema.


Dois auditores fiscais encontram, em lançamentos no livro de Contas Correntes da alfaiataria, indícios de estranhas transações, que suspeitam ter relação com o guarda-livros responsável pela escrituração, e com suas constantes idas ao cinema.

 

A investigação apura que o controle das transações é feito por um mapa criptografado, em apropriação imaginária de um cenário urbano. Uma cidade cortada por canais que, qual coordenadas da insólita cartografia, ocupam as nove casas do formato de ancestral passatempo: o tradicional jogo da velha. Ou, dissimuladamente, do jogo do velha Vila Belmiro, na cidade de Santos.

​​

Nesse misterioso jogo, os protonautas zarpam em busca de novas vilas, novos seres e sedes em rede no universo das realidades perceptuais. E os auditores entram no jogo com o desafio de decifrar os códigos do Plano de Contas da alfaiataria e reconfigurar o livro de Contas Correntes em CANTOS CORRENTES.


Obs. Como sugere o texto acima, a trama ficcional, além de elementos imaginários, incorpora dados de uma realidade próxima, que se especifica espacial e temporalmente.


ENREDO (DESENREDO)


CANTOS CORRENTES diz respeito a uma rede de conexões perceptuais que enredam todos os elementos da trama num labirinto de cenários difusos. Não há predominância de um enredo, linear ou de outro tipo. Não há predominância de um personagem ou núcleo de ação.


À guisa de elencar uma direção de convergência, é aceitável considerar que seus elementos constituintes - eventos, personagens, ambientes - buscam desenredar-se da trama, ou seja, sair do labirinto em que se encontram emaranhados para perceber e entender o grande mistério, ao qual chamam INEXVERSUS, um presumível universo único de realidades que emergem das conexões perceptuais.



 

CONTAS CORRENTES: Sobre a Obra.




Uma obra que se desdobra em obras. Obra d´obra.


A trama ficcional desenrola-se mediante um enredo: em rede que traça uma correnteza de acesso ao Inexversus: universo de realidades perceptuais percorrido e vivenciado por protonautas espectrais, lançados e monitorados a partir de CINE INÊS, laboratório/observatório encriptado no formato de um cinema.


CENÁRIO.


INEXVERSUS


OBRA E MÍDIA.


Obra para mídia. Mídia para obra.


0BRA D´OBRA: uma obra compósita.


CANTOS CORRENTES busca abarcar toda a gama de significados da palavra obra, nos diversos campos e âmbitos aos quais se aplica o conceito. Mas também, se não principalmente, busca extrapolar os limites de tais enquadramentos.


 busca de um formato a constante derivação de burla de protocolos.



das organizações, cujos assentos constituem o alvo de organizações atuariais, que exercem fiscalização em casos de suspeita de eventuais desvios de procedimentos, a serem apurados



  1. Começa por considerar aspectos formais e estruturais.

  2. Segue refletindo sobre modalidades de expressão e questões afins.

  3. Termina abordando a temática própria e os elementos principais da obra. Porém antecipa, sobre o tipo de obra, que:





1. ASPECTOS FORMAIS E ESTRUTURAIS.


O recurso da comparação parece uma via razoável para abordar os aspectos formais e estruturais.


Numa primeira situação exemplar, imaginemos uma pessoa contemplando uma escultura, ou um quadro. Tanto um quanto o outro são referidos usualmente como obras. Falamos assim de David, escultura criada por Michelangelo. Ou da Mona Lisa, de Da Vinci, também referida como La Gioconda. São objetos singulares que em si, em sua unicidade e autonomia, produzem efeito artístico, gerando percepções estéticas.


Avançando para uma segunda situação exemplar, imaginemos uma pessoa ouvindo uma composição musical. Uma peça instrumental para piano, digamos, a consagrada Sonata ao Luar, de Beethoven, também referida, em italiano, como Chiaro Di Luna, e catalogada como Sonata para Piano n. 14 (Opus 27, n. 2). Aqui, o conceito de obra abrange dois âmbitos. No âmbito da criação original, a obra é formada por três movimentos. No entanto, a interpretação parcial do primeiro movimento, subtitulado Quasi Una Fantasia, conferiu a essa parte da peça original uma consistência de peça autônoma, qual obra singular, produtora de efeito artístico pela geração de percepções estéticas em si, em unicidade. Pode-se dizer o mesmo de árias que se destacam da ópera a que pertencem, e são apresentadas como peças autônomas.


Numa terceira situação exemplar, imaginemos uma pessoa lendo um livro. Nesse cenário, vários âmbitos do conceito de obra podem emergir. Se for um escrito ficcional que ocupe toda a extensão do livro, uma história única, é comum que essa pessoa use indistintamente as palavras "livro" e "obra" para se referir ao romance, ou novela, que leu. Dirá, por exemplo, que apreciou (ou não) o livro "O Apanhador no Campo de Centeio", de J. D. Salinger. Mas, permanecendo na mesma fonte autoral, imaginemos que a pessoa está lendo o livro "Franny e Zooey", dois contos independentes, mas que apresentam elementos de ligação entre ambos: a personagem Franny está no outro conto, numa relação de sequência temporal, mas não de causalidade, apenas de correlação de contextos psicológicos. O leitor poderá apreciar o livro como um todo: os dois contos reunidos formando um todo, como fruição artística e impacto estético, ou apreciá-los cada um em si, com fruições e impactos de maior ou menor intensidade, preferindo um ao outro, por exemplo. Tais relações poderão ser mais esgarçadas ainda num terceiro livro do autor, Nine Stories, nove contos praticamente independentes, embora relacionados a um núcleo familiar.


 







A seguir, uma apresentação em texto único que ensaia um aprofundamento da trama, agregando os elementos necessários a uma imersão em nível mais denso de complexidade.


 

Por que CANTOS CORRENTES?


A expressão é um trocadilho com o título de um dos livros tradicionais da escrituração contábil, o livro de Contas Correntes. Livro no qual são lançadas todas as transações que envolvem direitos e obrigações com terceiros.


O livro de Contas Correntes, com lançamentos de Letras de Músicas, transmuda-se em Cantos Correntes. E o Contador em Cantador.

A origem do trocadilho remonta a uma passagem doméstica na vida do autor, enquanto estudante de um curso técnico de contabilidade. Entre os aparatos mobilizados para o processo de aprendizagem, o curso contava com o funcionamento pedagógico de um escritório modelo de contabilidade. Os alunos recebiam, para a prática de lançamentos contábeis, exemplares dos diversos livros que serviam como cadernos de exercícios.


A passagem referida é o fato de que a mãe do autor, após o término do ano letivo, utilizou as páginas não preenchidas do livro de Cantos Correntes para transcrever letras de músicas, de canções do repertório da música popular brasileira.


Contas Correntes transmudou-se em Cantos Correntes.


A passagem é origem ainda de alguns aspectos basilares da temática que perpassa a obra Cantos Correntes. Que são abordados a partir de elementos da homepage do site, conforme antecipado.



O título remete assim, primariamente, ao sistema de escrituração contábil das organizações, que registra todas as operações em livros apropriados, dos obrigatórios e principais aos auxiliares: Diário, Razão, Caixa, Contas Correntes e o antigo Borrador.


Mas o trocadilho, resultante de uma simples troca de posição de duas letras, remete ainda a um campo artístico que, de imediato, inclui a música. Campo que, diante da variedade semântica da palavra "cantos", estende-se para envolver a poesia e, por decorrência, outras literaturas, como as modalidades da prosa, os textos dialogados do teatro, e o roteiro cinematográfico.



É disso que trata o texto em itálico a seguir, inscrito na tela intermediária da página de abertura, uma sinopse da trama ficcional de CANTOS CORRENTES.


Ao transmudar Contas Correntes em Cantos Correntes, a reconfiguração transforma um contexto técnico-teórico (os princípios que fundamentam a contabilidade e a respectiva escrituração)

em contexto artístico, envolvendo várias modalidades: música, poesia e textos de formatos diversos, artes gráficas e audiovisuais, teatrais e cênicas em geral. Tecidas e enredadas por uma trama ficcional imbricada com a realidade autobiográfica do autor.


Entretanto, tal vínculo, entre os traços ficcionais da trama de CANTOS CORRENTES e a biografia do autor, tende continuamente a uma imprecisão sobre o que é real na ficção e o que é ficção no real: uma ficção tecida no engenho têxtil de uma alfaiataria: uma confecção-científica.


Quasi una fantasia, uma sinfonia inacabável, inconcluível

confecção à feição de uma ficção-científica autobiográfica.




Tópico 1 - ENREDO : EM REDE.



REAL E IMAGINÁRIO.


O que predomina não é uma narrativa sequencial. Nem mesmo um núcleo de convergência, embora a sinopse possa induzir a tal concepção. Sua estrutura é mais afim a um labirinto, um emaranhado de situações e cenários que se interconectam por nós, tecendo uma rede com uma configuração indefinida.




2. MODALIDADES DE EXPRESSÃO E QUESTÕES AFINS


Entre os aspectos da temática que são extraídos dessa alusão podem ser destacados:


a) a figura central de uma personagem, o Contador, também referido como Guarda-Livros, antiga denominação da profissão


b) pessoas e instituições (com ou sem fins lucrativos) clientes e/ou parceiras do escritório do Contador, bem como todas as pessoas e instituições que se envolvem, por alguma circunstância, com o Contador


c)

d) Cantos em vez de Contas





Da traição das imagens à traição das mídias.

Para iniciar, elege o recurso retórico da negação, tal como no famoso quadro de Magritte:

"Ceci n´est pas une pipe"

(isto não é um cachimbo).


Dizer o que CANTOS CORRENTES não é.


No que caberia legendar:

"Ceci n´est pas un site"

(isto não é um site).


O que, por sua vez, desencadearia trazer à baila a retórica oposta, da afirmação. Declarar que

"CANTOS CORRENTES é uma obra".


Uma obra de arte. De artes cruzadas. De obras imbricadas entre si, todas emaranhadas em realidade e ficção.



Mas, diante da imagem da página de abertura (homepage) do site

(usa-se aqui termos consagrados da nomenclatura da comunicação em rede,

que se aplicam aqui apenas para fins de referência)

o texto tenderia  a gerar efeito semelhante ao viés oposto, o da negação.

Uma inconsistência conceitual.

Afinal, a função usual de um site é servir de veículo, componente midiático do processo de comunicação.


O espectador, na expectativa comum sobre a mídia, não teria qualquer alusão a uma obra de arte:


CANTOS CORRENTES não é romance, nem peça teatral ou filme, entre outros tipos de obras artísticas.


E o site não funciona como qualquer das mídias compatíveis com as modalidades mencionadas:

não é livro, não é palco, não é cinema (nem canal de exibição de produções audiovisuais).


Parece preferível, para não incorrer em tais incongruências, uma estratégia expositiva que vá formando uma percepção mais apurada de CANTOS CORRENTES a partir de uma abordagem progressiva de aspectos que, ao final, possam contribuir para caracterizar sua natureza constitutiva. Uma tipologia, talvez. Bem como, por extensão, justificar a aludida configuração de "não site".





3. TEMÁTICA PRÓPRIA E ELEMENTOS PRINCIPAIS.




Sobre natureza e formato artísticos da obra


Afinal, então, que tipo de obra CANTOS CORRENTES é, ou pretende ser?


CANTOS CORRENTES: uma obra arquiteXto,

compêndio inex-fólio de e-pergaminhos,

para inexposições em CINE INÊS


Sobre os meios (mídias) de publicação da obra








O texto sentido de um enredo cruzado:

Assentos, Operadores e Extratos,

Obras, Interlocutores e Universos.

Um novo jogo da velha relação entre arte e vida:

o jogador que marca o círculo lança a dicção do verbo que erra no princípio,

em 26 raízes alfabéticas de acesso à velha vila;

o jogar que marca o xis lança a ficção do livro de Faz-de-Contas-Correntes,

em 9 canais náuticos de acesso a novas vilas.










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