Peça iniciada em Praia Grande, no mês de abril de 1975, e anotada para eventual futura revisão.
Associando os cortejos carnavalescos (corsos, cordões e desfiles) ao ritual solene das procissões religiosas - às vezes não tão solenes, conforme sinaliza o Círio de Nazaré - em 1997 a ideia foi recriada para canto coral, a cappella. E, alguns depois (Ameno Resedá, 2004), com o acréscimo de um piano, que introduz e sublinha a versão coral com o trecho melódico de um samba de carnaval.
A versão original, entretanto, permanece como eco distante, mas ainda discernível, desse canto nascido num recanto litorâneo, com aves deslizando acima das areias como livres bicicletas que volteiam pela praia projetando no chão as marcas eternamente efêmeras de sua passagem.
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